Alegoria da Caverna

"No Texto “Alegoria da Caverna”, Platão, em um diálogo com Gláucon, compara a educação humana, ou a falta dela, com uma situação hipotética onde pessoas que tenham vivido por toda a vida dentro de uma caverna, pudessem apenas, durante todo esse tempo, ver as sombras que vinham do exterior, projectadas na parede da mesma, o que para elas, eram a única realidade.
Versava, após, sobre o choque causado pelo primeiro contacto de um destes homens com o mundo externo ao que eles viviam, em que eles seriam forçados a endireitar sua postura, e olhar para os objectos e a luz, na forma como a conhecemos; falava, pois, sobre a dificuldade em aceitar uma nova proposta, e que, devido ao padrão pré-estabelecido, o homem tenderia a reconhecer como reais os objectos na forma que ele já conhecia, e não no padrão recém apresentado. Para que fosse possível a adaptação, necessitaria acostumar-se gradualmente com o meio. A partir disso, o homem seria levado a formar novas conclusões no tocante ao padrão de realidade em que ele, agora, vive.
Este homem lembraria de todo o sofrimento que passou na caverna, lembraria dos outros que lá ainda estavam, ficaria feliz por ter mudado sua situação e sentiria pena dos outros; faria tudo para não voltar àquela vida.
Se tivesse que voltar para a caverna, teria dificuldades, pois seus olhos já teriam se adaptado à claridade, e seria humilhado por seus antigos companheiros, que lá ainda estariam, e lhes daria a ideia de que sair dali era ruim, pois “estragaria suas vistas”, levando-lhes a agredir qualquer um que queira tirá-los dali.
Finalmente, Platão demonstra a percepção final da realidade, onde, chegando-se ao limite do conhecimento do meio, perceber-se-ia que a ideia do Bem é a base de todo o conhecimento e consciência conhecidos, a despeito das ilusões em que as verdades foram outrora baseadas."

Retirado de: http://www.inf.ufsc.br/~juliogr/Trabalho01_grupo6.htm